Autoridades norte-americanas confirmaram no sábado que o Governo está a investigar a divulgação não-autorizada de documentos confidenciais que analisam os planos de Israel para atacar o Irão.
O porta-voz da Casa Branca (presidência norte-americana) para a Segurança Nacional, John Kirby, declarou hoje que o Governo ainda não tem a certeza se a informação confidencial que se tornou pública foi divulgada ou alvo de uma fuga de informação por pirataria informática.
Kirby acrescentou que os funcionários da administração Biden "não têm qualquer indicação, neste momento, de que exista a expectativa de que outros documentos como este venham a ser do domínio público".
A divulgação destes documentos confidenciais israelitas surge num contexto de escalada do conflito entre o Irão e Israel: a 01 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis sobre Israel, que prometeu retaliar.
Os ataques com mísseis de 01 de outubro foram apresentados pelo Irão como uma retaliação pelo assassínio em Teerão, em julho, do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, que foi atribuído a Israel, e pelo assassínio de Hassan Nasrallah, o líder do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah, morto num ataque israelita perto de Beirute, a 27 de setembro.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já afirmou que o seu país decidirá sozinho quais os eventuais alvos a atacar no Irão, apesar dos apelos do Presidente norte-americano, Joe Biden, para que sejam poupadas as instalações petrolíferas e nucleares.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, alertou na altura que "qualquer ataque às infraestruturas iranianas terá como consequência uma resposta mais forte".
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