Um morto e sete desaparecidos devido à tempestade Trami das Filipinas

Pelo menos uma pessoa morreu e sete estão desaparecidas no leste das Filipinas após chuvas torrenciais, causadas pela aproximação da tempestade tropical Trami, terem provocado inundações, disseram hoje as autoridades.

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Lusa
23/10/2024 08:13 ‧ 23/10/2024 por Lusa

Mundo

Tempestade

Na província central de Masbate, uma pessoa morreu depois de ter sido atingida pela queda de um ramo de árvore, enquanto sete pessoas foram dadas como desaparecidas, incluindo três homens à pesca em mar alto e que não regressaram.

 

O Governo das Filipinas encerrou escolas públicas e escritórios governamentais - exceto os necessários para a resposta a catástrofes - em toda a ilha principal de Luzon para proteger milhões de pessoas à medida que a Trami se aproxima de terra.

A agência de meteorologia filipina previu que a tempestade atinja a costa da província de Aurora hoje à noite e depois atravesse em direção ao norte da ilha de Luzon antes de sair para o mar do Sul da China no final da semana.

Pelo menos 32 mil pessoas foram retiradas para abrigos de emergência nas províncias do nordeste e foram emitidos alertas de tempestade em mais de duas dezenas de províncias do norte e do centro, incluindo a capital, Manila.

O Presidente filipino, Ferdinand Marcos Junior, convocou uma reunião de emergência no quartel-general militar para discutir os esforços de mitigação de catástrofes.

Durante a reunião, o secretário da Defesa, Gilberto Teodoro, disse que aeronaves e navios militares iam ser usados para evacuações e resposta a catástrofes e acrescentou que as Filipinas podiam pedir ajuda a países amigos, incluindo Singapura.

"As pessoas estão presas nos telhados das suas casas há várias horas", disse, nas redes sociais, a ex-vice-presidente Leni Robredo, que vive na cidade de Naga, no nordeste do país. "Muitos dos nossos camiões de resgate pararam devido às cheias", lamentou.

A guarda costeira tem resgatado residentes em aldeias inundadas nas províncias orientais das Filipinas desde terça-feira, mas as autoridades regionais disseram que o número de barcos e o pessoal de resgate não era suficiente.

Milhares de passageiros e trabalhadores de carga ficaram retidos em vários portos marítimos depois de a guarda costeira ter suspendido os serviços de ferry entre as ilhas do arquipélago e proibido os barcos de pesca de se aventurarem no mar.

A governadora da província vizinha de Quezon, Angelina Tan, disse que as inundações em algumas áreas atingem até três metros e que pelo menos oito mil residentes foram retirados de comunidades costeiras.

Cerca de 20 tempestades e tufões atingem as Filipinas todos os anos.

Em 2013, o tufão Haiyan, um dos ciclones tropicais mais fortes registados no mundo, deixou mais de 7.300 mortos ou desaparecidos, arrasou aldeias inteiras, varreu navios para o interior e deslocou mais de cinco milhões de pessoas no centro das Filipinas.

Leia Também: HRW pede reforma da Polícia Filipina após execuções extrajudiciais

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