Em comunicado, o movimento xiita pró-iraniano detalhou que os seus combatentes atingiram "soldados inimigos" perto da aldeia de Wazzani, com uma salva de 'rockets', depois de terem anteriormente disparado quatro projéteis contra as tropas israelitas na zona fronteiriça.
No domingo, o Ministério da Saúde libanês informou que pelo menos 21 pessoas tinham morrido em vários ataques israelitas no sul do Líbano, incluindo nove mortes registadas num ataque nos arredores de Saida, uma grande cidade que tem sido relativamente poupada à violência.
Nove pessoas morreram e 38 ficaram feridas -- incluindo três em estado crítico -- no ataque ocorrido em Haret Saida, um subúrbio de Saida localizado a cerca de 60 quilómetros da fronteira com Israel, segundo uma "avaliação final" do Ministério da Saúde.
Um edifício de três andares foi atingido e o último andar ficou completamente destruído, segundo relatou a agência noticiosa francesa AFP, acrescentando que edifícios vizinhos e dezenas de empresas localizadas nas imediações ficaram danificados.
O exército libanês bloqueou o acesso à zona, enquanto as ambulâncias transportavam as vítimas, indicou um correspondente da agência noticiosa francesa.
A região em questão é densamente povoada, com pessoas deslocadas de zonas mais a sul que se refugiaram na área. Famílias tiveram de fugir a pé e o ataque não foi precedido, como já ocorreu em outras ocasiões, por um apelo de Israel para a evacuação da zona.
O exército israelita tinha lançado um apelo para a retirada dos residentes de 10 aldeias no sul do Líbano, antes das operações militares contra o Hezbollah na zona.
Na cidade de Ain Baal, pelo menos sete pessoas morreram e 24 ficaram feridas num "ataque do inimigo israelita", informou também o Ministério da Saúde libanês.
Entre as vítimas mortais estão três socorristas que estavam num centro da Associação al-Rissala, afiliada ao partido xiita Amal, um importante aliado do Hezbollah, mas também uma enfermeira e outras três pessoas que estavam nas proximidades do centro, segundo a mesma fonte.
O fogo cruzado entre o grupo libanês Hezbollah e Israel, iniciado em 08 de outubro de 2023, evoluiu nas ultimas semanas para uma situação de guerra, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também têm efetuado incursões terrestres.
Os ataques israelitas mataram dirigentes de topo do Hezbollah, incluindo o líder do grupo xiita pró-iraniano, Hassan Nasrallah, e provocaram a fuga de dezenas de milhares de pessoas, tanto para outras zonas do Líbano como para a Síria.
O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
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