"Os senhores sabem, nós sabemos, o Venâncio Mondlane é o autor moral destas manifestações. Ele é que move com isto. Ele não está aqui agora, está na África do Sul, mas de lá comanda, usa as redes sociais, em que nós, como usuários dessas redes sociais, não devíamos permitir isso, porque manipula a opinião pública e causa destruições", afirmou Pascoal Ronda, em declarações aos jornalistas na sede do Ministério do Interior, em Maputo.
"Há muita família que está a chorar pelos danos que são causadas. Pessoas que são arrastadas a participar disso, mas depois, mais tarde, é que se arrependem disso. O que é que ganhamos com isso? Para quê", questionou o ministro.
A intervenção de Pascoal Ronda foi feita cerca de uma hora antes de Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais de 09 de outubro, ter apelado a uma greve geral de uma semana a partir de quinta-feira, manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e marchas para Maputo em 07 de novembro.
"Uma semana [07 de novembro] é suficiente para sairmos todos dos nossos distritos, das nossas localidades, para Maputo", afirmou Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições gerais de 09 de outubro, numa intervenção a partir da sua conta oficial na rede social Facebook.
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