"Acabaste de dizer que eu deveria morrer?", questionou Hassan, após a aparente referência de Gidursky aos ataques de setembro, onde pagers e walkie-talkies utilizados por centenas de membros do Hezbollah no Líbano e na Síria explodiram simultaneamente, matando 39 pessoas.
Acredita-se que o ataque tenha sido executado por Israel, noticiou na terça-feira a agência Associated Press (AP).
Hasan e Gidursky participavam num painel no "News Night" na noite de segunda-feira, falando sobre o comício de Donald Trump no Madison Square Garden, onde os oradores fizeram uma variedade de comentários racistas e se referiram a Porto Rico como uma "ilha flutuante de lixo".
O painel de comentário entrou em discussão depois de Gidursky ter dito a Hasan, comentador e fundador da empresa de comunicação social Zeteo, que foi "chamado de antissemita mais do que qualquer outra pessoa nesta mesa".
A apresentadora Abby Phillip disse que o comentário sobre o 'bip' de Gidursky foi "completamente inesperado" e pediu desculpa. Mas depois de um intervalo, o escritor desapareceu.
Philip pediu desculpa a Hasan e aos telespetadores, acrescentando que Gidursky, autor do livro "Eles não estão a ouvir: como as elites criaram a revolução nacional populista" ["They're Not Listening: How the Elites Created the National Populist Revolution", em inglês], ultrapassou os limites.
A CNN estava a ter uma discussão acesa sobre o comício de Trump, onde a linguagem racista e outras linguagens humilhantes eram um sinal de como as tensões estão a fervilhar, faltando apenas uma semana para um dia de eleições altamente contestado e controverso que reflete a política e a cultura do país.
A atual vice-presidente, a democrata Kamala Harris, enfrenta o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump.
Apesar desta fragmentação, Phillip defendeu que é possível "conversar sobre o que se passa neste país sem recorrer ao mais baixo... tipo de discurso".
A CNN, que frisou que "não há espaço para racismo ou intolerância na CNN", salientou que Gidursky não tem permissão para voltar à estação.
Gidursky respondeu numa publicação na rede social X: "É possível permanecer na CNN se chamar falsamente nazis a todos os republicanos", mas aparentemente não se pode "se fizer uma piada. Estou feliz que a América veja o que a CNN representa".
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