"Penso que a maioria dos compatriotas de Taiwan já fez um julgamento racional e sabe que os EUA manterão uma política de se colocarem em primeiro lugar. Taiwan pode passar de peão a criança abandonada a qualquer altura", afirmou Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês.
Trump reiterou as críticas a Taiwan na sexta-feira, ao afirmar que a ilha roubou a indústria de semicondutores dos EUA e que deveria pagar a Washington pela sua defesa, críticas que já tinha feito em julho.
No entanto, o candidato republicano disse também que, se for eleito, vai impor taxas alfandegárias até 200% sobre bens oriundos da China "se Pequim usar a força contra Taiwan", embora tenha sublinhado que Taipé deve pagar pela proteção norte-americana.
A atual administração norte-americana de Joe Biden anunciou na semana passada um novo contrato de armas para Taiwan no valor de cerca de dois mil milhões de dólares (1,85 mil milhões de euros), algo que, tal como todas as vendas de armas a Taipé, enfureceu Pequim.
Taiwan, ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pela China como uma província sua, tem uma economia fortemente dependente da exportação de produtos tecnológicos, especialmente semicondutores.
Os Estados Unidos são um dos principais compradores destes 'chips' e são também o maior fornecedor de armas a Taiwan, que poderiam defender em caso de conflito com a China.
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