"Para o Ocidente, especialmente para os anglo-saxónicos, nunca nada é suficiente", afirmou o chefe da diplomacia russa reiterando a acusação de que a "estratégia da NATO não conduz a nada".
Em declarações citadas pela agência TASS, Lavrov recordou que na última cimeira da NATO foi estabelecida a intenção de ampliar a influência na região da Ásia Pacífico.
"Para proteger o território, esta aliança 'defensiva' pretende levar a cabo ações no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan, a milhares de quilómetros das costas atlânticas", criticou.
"Os Estados Unidos estão a introduzir, de forma deliberada, a infraestrutura militar da NATO no Oceano Pacífico, sem ocultar o objetivo de aumentar a pressão sobre a China, Coreia do Norte e Rússia", acusou.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo a presença "cada vez maior" da NATO na região está a afetar as relações de cooperação com outros organismos como a Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN).
Paralelamente, disse Lavrov, os Estados Unidos estabelecem outras alianças de caráter mais limitado como por exemplo a AUKUS (aliança defensiva entre Washington, Camberra e Londres) e QUAD, em que estão envolvidos países como a Austrália, a Índia ou o Japão e ao mesmo tempo "tentam arrastar membros da ASEAN.
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