Mais de 80.000 cidadãos russos com visto de residência vivem atualmente nesta antiga república soviética de 1,3 milhões de habitantes, que recuperou a independência em 1991 e tem uma grande minoria de língua russa.
"Hoje, concordámos, no conselho da coligação, em recomendar aos nossos grupos parlamentares que a Constituição seja alterada com urgência, para que os cidadãos dos Estados agressores deixem de ter uma palavra a dizer nas eleições locais", declarou o primeiro-ministro estónio, Kristen Michal, à estação de televisão pública ERR.
Segundo a Constituição estónia, os residentes permanentes podem votar nas eleições locais do município onde vivem.
No entanto, desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, vários partidos políticos estónios propuseram a exclusão de cidadãos russos e bielorrussos e, por vezes, de apátridas que vivem na Estónia, por receio de ingerências eleitorais.
A coligação espera rever a Constituição o mais rapidamente possível, para que "os cidadãos dos Estados agressores e os apátridas não possam votar nas eleições municipais de outubro próximo", afirmou Helir-Valdor Seeder, líder da fação parlamentar do Partido Isamaa, num comunicado.
O projeto de alteração constitucional poderá estar pronto para uma primeira apreciação parlamentar já na quinta-feira.
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