Completa-se hoje uma semana após a passagem da tempestade DANA no sul e leste de Espanha, que deixou um rasto de morte e destruição, sobretudo na região de Valência.
Seis dias após a tragédia, foram encontrados restos mortais na zona de Las Ramblas, em Letur (Castilha de La Mancha), onde cinco pessoas estavam a ser procuradas pelos equipas de salvamento e resgate, refere o ABC. Os corpos estão a ser analisados pela Guardia Civil para proceder à identificação dos cadáveres.
Entretanto o ministro dos Transportes e da Mobilidade Sustentável, Óscar Puente, afirmou que as autoridades têm indicação de "um número bastante baixo" de pessoas desaparecidas. Porém, esse valor não é tornado público, dado que o Governo teme que as cifras "não correspondam à realidade".
Neste momento, o número de mortos oficial está nas 215 vítimas mortais. Na comunidade valenciana registam-se 211 mortos, em Castilla-Mancha três, e um na Andaluzia. Estes números não contemplam a descoberta dos últimos corpos acima mencionados.
O Governo espanhol deverá aprovar hoje um decreto-lei com “medidas de emergência” para que os afetados pela tempestade possam receber ajuda imediata.
Este decreto surge após dias e dias de insatisfação e desespero por parte dos moradores da região, que se questionam da inoperacionalidade do Governo em enviar ajuda oficial para a localidade.
Entretanto, na noite desta segunda-feira houve um reforço da presença militar na região. O número de militares nas zonas afetadas pelas inundações iria aumentar para 7.800 esta segunda-feira, segundo o general que comanda o dispositivo das forças armadas espanholas que estão no terreno, Javier Marcos.
O leste de Espanha, em especial a região de Valência, foi atingido na terça-feira por um temporal que causou, provavelmente, as maiores inundações da Europa neste século.
Após a tormenta, não existe de momento nenhum alerta temporal a decorrer em Valência, facilitando os trabalhos de limpeza na região que, nos últimos dias, iam sendo executados sobretudo por moradores e voluntários.
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