"Muitos sofrem de traumatismos graves e muitos outros de doenças crónicas", detalhou Rik Peeperkorn, diretor do escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) nos territórios palestinianos ocupados, que falou por teleconferência aos jornalistas a partir de Gaza.
A mesma fonte indicou que os doentes serão retirados na manhã de quarta-feira numa grande coluna de transporte através da passagem de Kerem Shalom, que liga a Faixa de Gaza ao sul de Israel, e depois transportados de avião para os Emirados Árabes Unidos e Roménia.
Peeperkorn recordou a necessidade de retirar da Faixa de Gaza mais 12 mil doentes em estado crítico, muitos dos quais com traumatismos graves, como amputações, ferimentos, queimaduras, e com doenças crónicas.
Desde o encerramento do posto fronteiriço de Rafah pelas autoridades israelitas em maio apenas 282 doentes foram retirados de Gaza pela organização de saúde da ONU e por outros parceiros para tratamento, acrescentou.
O responsável instou as autoridades israelitas a reabrirem a passagem de Rafah, bem como a aprovarem a criação de novos corredores médicos que liguem Gaza a Jerusalém e à Cisjordânia.
"Precisamos de corredores e planos de evacuação médica sustentados e mais bem organizados", argumentou.
Pelo menos 43.374 pessoas foram mortas e mais de 100 mil feridas no devastado território palestiniano desde o início da ofensiva israelita contra o Hamas, há mais de um ano, sem contar com os milhares de corpos que se estima permanecerem enterrados sob os escombros, segundo o mais recente relatório Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita palestiniano.
O conflito iniciou-se depois do Hamas ter lançado um ataque sem precedentes a Israel em outubro de 2023, matando, segundo as autoridades locais mais de 1.200 pessoas e raptando outras 250.
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