O líder social-democrata está sob pressão para antecipar o início do processo conducente a estas eleições, que até agora se previa começasse a 15 de janeiro, data em que planeava apresentar uma moção de confiança aos deputados.
Dado que já não dispõe de uma maioria parlamentar suficiente para governar, é muito provável que esta moção seja chumbada, o que abrirá caminho a eleições antecipadas no país.
De acordo com este calendário, as legislativas antecipadas não poderiam ocorrer antes de março, mas há cada vez mais apelos para que se realizem mais cedo, se possível ainda em janeiro.
Falando em Budapeste, à margem de uma cimeira europeia informal, Olaf Scholz exortou a um "debate sereno" sobre as leis que podem ainda ser aprovadas pelo parlamento, apesar de o seu Governo estar agora em minoria.
O debate "poderá ajudar a responder à questão de saber qual é o momento certo" para a votação de uma moção de confiança que conduza a eleições antecipadas, acrescentou.
Scholz deixa assim entrever a possibilidade de antecipar a data na qual será apresentada a moção de confiança se os partidos da oposição, liderados pelos conservadores, aceitarem apoiar alguns projetos de lei pendentes.
A Alemanha está mergulhada numa crise política sem precedentes desde a rutura, na quarta-feira à noite, da coligação governamental que os sociais-democratas (SPD) do chanceler, os Verdes e os liberais do FDP lideravam desde o final de 2021.
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