Segundo a edição de hoje do jornal, Trump terá lembrado ao líder russo a considerável presença militar que os Estados Unidos têm na Europa e expressado o seu interesse em manter conversações para abordar "a resolução da guerra na Ucrânia em breve".
Durante a campanha eleitoral, o candidato republicano prometeu que iria conseguir um acordo para acabar com a guerra ucraniana em apenas 24 horas, mas sem nunca detalhar como o iria fazer.
Os analistas apontaram como hipótese a cedência de parte do território ucraniano à Rússia, algo inaceitável para o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky.
Ainda segundo o The Washington Post, o governo ucraniano terá sido informado do telefonema entre Trump e Putin e não se opôs à conversa.
Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou um "exagero" a afirmação de Trump de que irá pôr fim ao conflito na Ucrânia "em 24 horas".
Desde que venceu as eleições de terça-feira, o republicano já realizou cerca de 70 telefonemas com líderes mundiais, incluindo um com Zelensky, que teve também a participação do magnata Elon Musk.
Na quinta-feira, Putin felicitou publicamente Trump pela vitória eleitoral contra Kamala Harris e considerou-o "corajoso" pela sua resposta à tentativa de assassinato num comício eleitoral em julho.
O presidente cessante dos EUA, Joe Biden, planeia acelerar o envio de armas para a Ucrânia para poder entregar os restantes seis mil milhões de dólares de ajuda aprovados pelo Congresso antes do final do seu mandato.
Já Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, tem sido muito crítico em relação ao envio de armas para a Ucrânia.
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