Num decreto, o emir refere que as pastas afetadas são as do Comércio e Indústria, da Educação, do Desenvolvimento Social, da Saúde, dos Transportes e da Defesa, esta última agora nas mãos de Saud bin Abdelrahman al-Thani, que será também vice-primeiro-ministro.
O decreto destaca a nomeação de duas mulheres: Buthaina Bint Ali al-Jabr al-Nuaim como ministra do Desenvolvimento Social e da Família, e Lolwah al-Khater, nova titular da pasta da Educação e do Ensino Superior.
Al-Khater foi a primeira mulher na história do Qatar a ocupar o cargo de vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.
A remodelação surge na sequência do referendo de terça-feira sobre vários pontos da Constituição, no qual os qataris decidiram, por esmagadora maioria, anular uma reforma que, há três anos, permitiu que 30 dos 45 membros do único órgão legislativo do país fossem eleitos por voto popular.
Trata-se do Conselho Shura (consultivo), cujos 45 membros passam a ser nomeados diretamente pelo emir.
O Qatar, um dos maiores exportadores de gás do mundo, que não admite partidos políticos, tem uma sociedade conservadora e tribal, com uma população de cerca de 2,7 milhões de habitantes, dos quais mais de dois milhões são migrantes, maioritariamente do Sudeste Asiático.
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