Líder da Igreja Anglicana demite-se após escândalo sobre abusos sexuais

Em causa está a divulgação de um relatório, há cinco dias, que concluiu que a inação do arcebispo de Cantuária permitiu a continuação de alegados crimes cometidos ao longo de décadas.

Notícia

© Gareth Fuller/PA Images via Getty Images

Notícias ao Minuto
12/11/2024 15:55 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

O arcebispo de Cantuária e líder espiritual da Igreja Anglicana, Justin Welby, demitiu-se, esta terça-feira, após ter sido acusado de inação face a um escândalo sobre abusos sexuais, cometidos por um voluntário num acampamento cristão.

 

A decisão surgiu depois de milhares de pessoas terem assinado uma petição eletrónica, coordenada por membros do sínodo ou assembleia da comunhão maioritária no Reino Unido, a pedir a sua demissão imediata. 

"Os últimos dias renovaram o meu sentimento de vergonha, há muito sentido e profundo, perante as falhas históricas de proteção da Igreja de Inglaterra", afirmou Welby numa declaração, citado pela agência de notícias Reuters.

"Espero que esta decisão torne clara a seriedade com que a Igreja de Inglaterra compreende a necessidade de mudança e o nosso profundo empenho em criar uma igreja mais segura. Ao demitir-me, faço-o com a tristeza de todas as vítimas e sobreviventes de abusos", acrescentou.

Em causa está a divulgação de um relatório, há cinco dias, que concluiu que a inação do arcebispo permitiu a continuação de alegados crimes cometidos ao longo de décadas pelo falecido advogado canadiano John Smyth, alegadamente autor de abusos sexuais, físicos e psicológicos de mais de 100 crianças na sua qualidade de líder de um acampamento cristão.

Igreja Anglicana. Líder pressionado para sair por inação sobre abusos

Igreja Anglicana. Líder pressionado para sair por inação sobre abusos

O arcebispo de Cantuária e líder espiritual da Igreja Anglicana, Justin Welby, está a ser pressionado por bispos a demitir-se por alegada inação relativamente a um grave caso de abuso de menores.

Lusa | 16:45 - 11/11/2024

O chamado relatório Makin revelou que Smyth submeteu as vítimas a crimes "brutais e horríveis" durante cerca de 40 anos. O advogado mudou-se para África em 1984 e continuou a cometer os abusos até perto da sua morte, em 2018.

O líder da Igreja Anglicana teve conhecimento do caso quando tomou posse, em 2013. De acordo com o relatório, se as alegações tivessem então sido denunciadas às autoridades, poderia ter havido uma investigação completa e Smyth poderia ter sido condenado antes de morrer.

Leia Também: Reino Unido descarta que Trump "vá retirar o país" da NATO

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas