"O vosso compromisso com esta causa é um sinal do esforço contínuo da Igreja para proteger os mais vulneráveis", afirmou Francisco na mensagem lida na abertura da conferência, que irá prolongar-se até sexta-feira.
O evento na capital italiana conta com a presença de mais de 100 especialistas e também de vítimas de abusos oriundas de 25 países europeus.
"Espero que os vossos esforços para estabelecer uma rede de pessoas e de boas práticas possam constituir uma plataforma muito necessária para partilhar conhecimentos, apoiar-se mutuamente e assegurar que os programas de proteção sejam eficazes e sustentáveis", acrescentou o líder da Igreja Católica.
Por sua vez, o responsável desta comissão, o cardeal norte-americano Sean O'Malley, declarou que é um dever "ouvir e responder a quem foi prejudicado".
"Devemos seguir o devido processo na investigação das alegações e devemos mostrar uma liderança forte na tomada das medidas necessárias para melhor prevenir quaisquer casos de abuso", acrescentou O'Malley.
No final de outubro, a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores publicou o seu primeiro relatório anual, conforme orientação do Papa Francisco, no qual sublinha a necessidade de "promover um melhor acesso das vítimas" à informação de que necessitam, de forma a "resolver o problema da opacidade".
O texto apela também à "simplificação e aceleração do processo de demissão" dos responsáveis eclesiásticos.
Entre as observações mais salientes, o relatório reconhece "o direito de todos os cidadãos a acederem a qualquer informação que os afete", incluindo em casos de abuso, e assinala também a "necessidade" de estudar políticas de "compensação" para as vítimas.
Da mesma forma, recomenda "consolidar e clarificar" as competências de cada dicastério (ministério) da Cúria Romana para "garantir uma gestão eficiente, rápida e rigorosa" de cada eventual caso de abuso que chegue às várias instâncias do Vaticano.
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