Israel reforça tropas nos Montes Golã devido a ofensiva rebelde

O Exército israelita anunciou hoje um "reforço" do seu destacamento nos Montes Golã devido à grande ofensiva lançada na semana passada por grupos rebeldes e islamitas na Síria, sublinhando que "não permitirá qualquer ameaça" perto da sua fronteira.

Notícia

© THOMAS COEX/AFP via Getty Images

Lusa
06/12/2024 15:42 ‧ 06/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

"Tendo em conta a análise da situação em curso desde ontem (quinta-feira) no Estado-Maior e no Comando do Norte e a evolução dos combates internos na Síria, foi decidido reforçar as forças aéreas e terrestres no setor dos Montes Golã", declarou o Exército israelita em comunicado.

 

"As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão a acompanhar a evolução dos acontecimentos e a preparar-se para todos os cenários, tanto de ataque como de defesa", lê-se na nota, que acrescenta: "Não permitiremos ameaças perto da fronteira de Israel".

No comunicado, o Exército israelita precisa ainda que "as FDI trabalharão para desarticular qualquer ameaça aos cidadãos de Israel", referindo que as suas forças "estão posicionadas na zona fronteiriça e preparadas para vários cenários".

Os Montes Golã são um território que Israel tomou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973) e que anexou efetivamente em 1981, uma ação não reconhecida pela comunidade internacional.

A ofensiva na Síria, lançada a 27 de novembro a partir da província de Idlib e liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS, em árabe), permitiu aos 'jihadistas' e aos rebeldes chegarem às imediações de Homs, no centro do país, depois de terem tomado Alepo e Hama, perante a retirada das tropas governamentais, apoiadas pela Rússia e pelo Irão.

A ofensiva, que na realidade são duas combinadas -- "Dissuadir a Agressão", lançada pelo HTS, e "Amanhecer da Liberdade", liderada pelos rebeldes sírios - é a primeira em grande escala desde que os Presidentes turco e russo, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, respetivamente, acordaram, em 2020, um cessar-fogo após meses de combates em Idlib.

Esta ofensiva é a primeira em que as forças da oposição conquistam território em Alepo desde 2016, quebrando o impasse de uma guerra civil iniciada em 2011 e que, formalmente, nunca terminou.

O reacendimento do conflito, que já matou mais de 300.000 pessoas e fez sair do país quase seis milhões de refugiados, tem também amplas ramificações na região.

Leia Também: Berlim critica acusações de genocídio contra Israel pela Amnistia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas