"Estamos felizes, a ditadura acabou. Assad desapareceu", afirmou um manifestante à agência noticiosa France Presse, sem querer revelar o apelido.
"Todos os sírios estão agora juntos", acrescentou o técnico ferroviário, que fugiu de Alepo em 2015, e que, na Alemanha, faz parte da maior diáspora de cidadãos sírios na União Europeia.
A Alemanha acolheu centenas de milhares de sírios após o início da guerra civil em 2011, e nomeadamente depois de 2015.
O fim do regime de Assad provocou grande alívio entre os sírios que estão em Berlim, muitos dos quais habitantes no bairro de Neukolln, o epicentro destas comemorações espontâneas, a decorrerem sob chuva miudinha.
Ahmad al-Hallabi, de 27 anos, explode de alegria, acompanhado pelos seus dois filhos: "Finalmente este governo caiu". "Há dez anos, na Síria, vi coisas que ninguém deveria ver, coisas que não esquecemos", disse o mecânico, natural de Alepo.
"Assad é o maior terrorista imaginável", acrescentou o homem que fugiu da Síria através da Turquia e da Grécia em 2015.
"Espero pela paz e que tudo o que Assad e os seus apoiantes destruíram seja reconstruído", acrescentou.
Uma outra concentração, organizada e anunciada à polícia, está prevista para mais tarde, no bairro vizinho de Kreuzberg.
Há mais de um milhão de pessoas da Síria a viver na Alemanha.
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