Segundo uma declaração conjunta da Comissão Central de Inspeção Disciplinar, o poderoso órgão anticorrupção do Partido Comunista, e da Comissão Nacional de Supervisão, a agência equivalente do aparelho de Estado, Gou foi considerado culpado de várias irregularidades, incluindo "o abandono de ideais políticos, a deterioração do ambiente no sistema desportivo e a utilização indevida de recursos públicos".
As autoridades afirmaram que o antigo funcionário "aceitou presentes, banquetes e ofertas de viagem em violação dos regulamentos", tendo ainda obtido "benefícios pessoais" e "usado o seu poder para ajudar os seus familiares em negócios".
A investigação revelou que Gou "aceitou grandes somas de dinheiro" e tomou decisões arbitrárias que causaram "perdas financeiras significativas" ao Estado em projetos desportivos e aquisições.
Foi igualmente acusado de ter prestado falsas declarações durante inquéritos organizacionais.
Gou foi expulso do PCC, destituído de todos os seus cargos públicos, incluindo o de membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais alto órgão consultivo político do país, bem como o de chefe-adjunto da Comissão de Assuntos Étnicos e Religiosos da Comissão Nacional da CCPPC.
Na segunda-feira, os dirigentes máximos do PCC anunciaram que vão redobrar os seus esforços na luta contra a corrupção, no meio de uma purga que resultou na demissão de ministros e oficiais do exército no último ano.
De acordo com um comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o Politburo, a cúpula do poder na China, aprovou as ordens do Presidente do país e secretário-geral da organização, Xi Jinping, que apelou à "supervisão" e à "revolução interna" para "erradicar as condições que tornam a corrupção possível".
Xi Jinping, que consolidou o seu poder durante o 20.º Congresso do Partido, em 2022, intensificou a sua campanha anticorrupção, punindo pelo menos 610.000 funcionários no ano passado.
A atual campanha visa funcionários públicos, mas também setores tão diversos como as finanças, o tabaco e farmacêutico, e segue-se à campanha lançada em 2012, que foi acompanhada por maior repressão, censura e suspeitas de que as acusações faziam parte de um plano para afastar rivais políticos.
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