De acordo com a organização não-governamental, o ultimo assassínio ocorreu na segunda-feira na cidade de Homs, no norte do país, quando dois irmãos, ex-militares, foram "raptados e abatidos por desconhecidos" quando se dirigiam a um dos "centros de reconciliação" abertos pelas novas autoridades do país.
O Observatório, que possui uma vasta rede de parceiros no terreno, declarou que "foram mandados parar por um veículo militar antes de chegarem ao centro, raptados e mortos, tendo os seus corpos sido posteriormente abandonados na zona de Al Waar", nos arredores de Homs
A ONG afirma que "no total, 67 pessoas foram mortas em crimes (de vingança)" e que entre as vítimas encontram-se "duas mulheres e duas crianças."
Até à data, as novas autoridades sírias ainda não reagiram a estas alegações.
As novas autoridades sírias abriram "centros de reconciliação" em diferentes províncias da Síria para regularizar o estatuto dos antigos membros das agências de segurança, do antigo exército e das ex-milícias armadas pró-iranianas que apoiaram o líder deposto Bashar al-Assad.
Vários governos e organizações internacionais manifestaram a sua disponibilidade para ajudar as novas autoridades sírias e exigiram que os responsáveis por crimes cometidos durante o governo de Al-Assad sejam responsabilizados, mas alertam para possíveis represálias e ações de retaliação.
A Síria, que conta com várias comunidades e étnicas e confessionais, viveu durante mais de 5 décadas sob o punho de ferro da família Al-Assad, até ao passado dia 8 de dezembro em que foi derrubado por um ofensiva de rebeldes liderados pelo grupo islamita Hayat Tahrir al-Shamque durou 12 dias.