Os membros do Conselho, incluindo a Rússia, apoiante histórico de Assad, e os Estados Unidos, "sublinharam igualmente a necessidade da Síria e dos vizinhos se absterem de qualquer ação ou interferência que possa prejudicar a segurança uns dos outros", de acordo com o comunicado divulgado na terça-feira.
"Reafirmaram igualmente forte empenho na soberania, independência, unidade e integridade territorial da Síria e apelaram a todos os Estados para que respeitem estes princípios", acrescentou.
As novas autoridades, dominadas por islamistas radicais que depuseram Bashar al-Assad do poder a 08 de dezembro, tentam agora tranquilizar a população quanto à capacidade de pacificar e reunificar o país, dividido e devastado por 13 anos de guerra civil.
"Este processo político deve ir ao encontro das aspirações legítimas de todos os sírios, protegê-los a todos e permitir-lhes determinar o próprio futuro de forma pacífica, independente e democrática", afirmou o Conselho de Segurança da ONU, com sede em Nova Iorque.
O "conflito ainda não terminou" na Síria, alertou o enviado especial da ONU, Geir Pedersen, na terça-feira, referindo-se aos confrontos no norte do país entre as forças pró-curdas e os grupos de protesto curdos.
Pedersen criticou também os "mais de 350 ataques" efetuados por Israel a instalações militares no país desde 08 de dezembro e apelou a Israel para que "cesse todas as atividades de colonização nos Golãs sírios ocupados, o que é ilegal".
Desde o início da guerra civil síria, em 2011, o Conselho tem estado paralisado em relação à questão síria, com a Rússia a utilizar regularmente o direito de veto para proteger o regime de Bashar al-Assad, até à queda.
Moscovo ainda tem bases militares em território sírio e o futuro ainda está por decidir, anunciou o Kremlin na segunda-feira.
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