Traficante Fabio Ochoa é deportado para a Colômbia e sai em liberdade

Um dos principais chefes do tráfico de droga da Colômbia e um dos principais operadores do cartel de Medellín foi deportado na segunda-feira dos Estados Unidos de volta para o país sul-americano.

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© Juancho Torres/Anadolu via Getty Images

Lusa
24/12/2024 06:34 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Colômbia

Depois de ter cumprido 25 de uma pena de 30 anos de prisão nos Estados Unidos, Fabio Ochoa voltou a ser um homem livre.

 

 Ochoa chegou a Bogotá num voo de deportação na tarde de segunda-feira, depois de sair do avião, foi recebido por funcionários da imigração com coletes à prova de bala. Não havia polícia no local para o deter.

 Os funcionários da imigração recolheram as suas impressões digitais e confirmaram, através de uma base de dados, que Ochoa não é procurado pelas autoridades colombianas. A agência de imigração do país disse na rede social X que Ochoa foi "libertado para que ele pudesse se juntar à sua família".

 "Fui incriminado", afirmou Ochoa quando os repórteres no Aeroporto El Dorado, em Bogotá, perguntaram se ele se arrependia das suas ações.

 O ex-chefe do cartel sorriu enquanto abraçava a sua filha, que não via há sete anos, e disse que iria para Medellín para viver com sua família.

 "O pesadelo acabou", disse Ochoa, 67 anos.

 Ochoa e os seus irmãos mais velhos acumularam uma fortuna quando a cocaína começou a inundar os EUA no final dos anos 70 e início dos anos 80, segundo as autoridades americanas, ao ponto de, em 1987, terem sido incluídos na lista de bilionários da revista Forbes.

Vivendo em Miami, Ochoa dirigia um centro de distribuição do cartel de cocaína outrora chefiado por Pablo Escobar. Escobar morreu num tiroteio com as autoridades em Medellín em 1993.

Ochoa foi acusado pela primeira vez nos Estados Unidos pelo seu alegado papel no assassinato, em 1986, de Barry Seal, um piloto americano que fazia voos com cocaína para o cartel de Medellín, mas que se tornou informador da Drug Enforcement Administration.

 Juntamente com os seus dois irmãos mais velhos, Juan David e Jorge Luis, Ochoa entregou-se às autoridades colombianas no início da década de 1990, no âmbito de um acordo em que evitavam ser extraditados para os EUA.

 Os três irmãos foram libertados da prisão em 1996, mas Ochoa foi novamente preso três anos mais tarde por tráfico de droga e foi extraditado para os EUA em 2001, em resposta a uma acusação em Miami que o nomeava a ele e a mais de 40 pessoas como parte de uma conspiração de contrabando de droga.

 Foi o único suspeito desse grupo que optou por ir a julgamento, o que resultou na sua condenação e numa pena de 30 anos. Os outros arguidos foram condenados a penas de prisão muito mais leves porque a maioria deles cooperou com o governo.

 O nome de Ochoa desapareceu da memória popular à medida que os narcotraficantes mexicanos assumiram o papel principal no comércio global de drogas.

Richard Gregorie, um procurador assistente aposentado dos EUA que fazia parte da equipa de acusação que condenou Ochoa, disse que as autoridades nunca conseguiram apreender todos os lucros das drogas ilícitas da família Ochoa e espera que o ex-chefe da máfia tenha um regresso bem-vindo a casa.

 "Ele não vai se aposentar como um homem pobre, isso é certo", disse Gregorie à Associated Press no início deste mês.

Leia Também: Barão de drogas colombiano saiu em liberdade após 25 anos preso

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