"Figura incontornável a nível mundial, fica a memória de um estadista de elevada craveira e um defensor incansável da democracia, dos direitos humanos e da paz", expressou José Maria Neves, num comunicado.
Jimmy Carter, reconhecido com o prémio Nobel da Paz em 2002, morreu no domingo na sua casa em Plains, no estado norte-americano da Geórgia, aos 100 anos.
Na carta de condolências enviada ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, Neves destacou ainda o "notável legado de Carter como ativista".
José Maria Neves apresentou as mais sentidas condolências à nação norte-americana e à família do antigo Presidente e pediu que Joe Biden transmitisse os sentimentos de pesar pela "perda irreparável de Carter".
Eleito para a Casa Branca em 1976, vencendo o então Presidente Gerald Ford por uma margem de votos tangencial e num país ainda marcado pelo escândalo "Watergate" que forçou o Presidente Richard Nixon a demitir-se, Carter assumiu o cargo de 39.º Presidente dos Estados Unidos apenas durante quatro anos.
O político democrata, que votou nas últimas eleições presidenciais norte-americanas, realizadas em 05 de novembro, tinha sido submetido a tratamentos para tentar travar uma forma agressiva de melanoma, com tumores que se espalharam ao fígado e ao cérebro.
Retirado de toda a vida pública, Jimmy Carter beneficiava de cuidados paliativos na sua casa em Plains, estado da Georgia, desde fevereiro de 2023.
A sua última aparição pública aconteceu em novembro de 2023, durante o funeral da sua mulher, Rosalynn.
Carter, um homem que falava frequentemente da sua fé cristã, era o mais velho Presidente norte-americano ainda vivo.
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