Com o relógio a aproximar-se do prazo para executar o mandando de detenção do presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, as multidões continuam a manifestar-se.
Ainda este sábado foram fotografados manifestantes que saíram à rua para mostrar a sua posição - seja a favor ou contra esta detenção, que surge na sequência da imposição da Lei Marcial no país, autorizada pelo líder sul-coreano a 3 de dezembro.
O polémico passo levou à instalação de uma crise no país, com milhares de pessoas a protestarem.
À Agência France-Presse (AFP), Kim Chul-hong, de 60 anos, disse que a detenção de Yoon poderia prejudicar a aliança de segurança da Coreia do Sul com os Estados Unidos e o Japão. "Proteger o presidente Yoon significa salvaguardar a segurança do nosso país frente às ameaças da Coreia do Norte", sublinhou.
Já do 'outro lado' dos manifestantes, estão milhares de membros da Confederação Coreana de Sindicatos, o maior grupo sindical do país, que tentaram tentaram marchar até a residência presidencial para protestar contra Yoon, mas foram bloqueados pela polícia.
A detenção deveria ter acontecido já no início deste ano, mas foi cancelada depois de 30 agentes do Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO, na sigla em inglês) e 50 polícias terem estado envolvidos num impasse de três a quatro horas com o serviço de segurança presidencial, que se recusou a dar acesso ao interior da residência.
O mandado de detenção deverá ser executado até 6 de janeiro, segunda-feira.
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