Exército israelita pede a soldados para evitarem mostrar cara à imprensa

O exército israelita pediu quarta-feira à noite aos seus soldados para evitarem mostrar as rostos ou divulgar os respetivos nomes nos meios de comunicação social nacionais ou internacionais.

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© Israel Defense Forces (IDF) / Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/01/2025 12:06 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A medida surge depois de um reservista israelita de férias no Brasil ter sido obrigado a abandonar o país após ter sido denunciado por alegados crimes de guerra em Gaza.

 

"Esta diretiva entra em vigor imediatamente, a partir de 8 de janeiro de 2025, até nova ordem", afirmam as Forças Armadas num comunicado em que pormenorizam as novas orientações para soldados rasos, reservistas e oficiais.

Todos os soldados com patente de coronel ou inferior só poderão aparecer nas gravações de costas, com a cara tapada e identificados apenas pela primeira inicial do seu nome.

Além disso, nenhum militar de qualquer patente poderá ser vinculado a qualquer operação em que tenha participado.

Na semana passada, um juiz brasileiro ordenou à polícia que investigasse um reservista israelita de férias no país, depois de ter recebido uma queixa da Fundação Hind Rajab, uma organização pró-palestiniana, que o acusava de envolvimento na demolição de casas de civis em Gaza.

O reservista deixou o país com a ajuda dos serviços consulares israelitas.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, muitos soldados israelitas publicaram nas redes sociais vídeos em que aparecem a destruir casas ou a apelar ao extermínio de palestinianos, o que pode ser interpretado como prova de crimes de guerra.

A Fundação Hind Rajab, que recebeu o nome de uma menina palestiniana de cinco anos morta com a sua família num ataque israelita ao veículo em que fugiam do norte de Gaza no início de 2024, afirma ter provas que incriminam cerca de 1.000 soldados israelitas.

Segundo os meios de comunicação social israelitas, foram apresentadas queixas contra soldados israelitas por alegados crimes de guerra em pelo menos 14 países, incluindo França, Sérvia, Bélgica, Irlanda, Tailândia e África do Sul.

Até à data, não foram efetuadas quaisquer detenções.

Leia Também: Médio Oriente: Acordo sobre trégua em Gaza está "muito próximo"

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