Líder libanês cessante espera "fase de resgate em todos os sentidos"

O primeiro-ministro libanês cessante, Najib Mikati, manifestou hoje a esperança de que a nomeação de Nawaf Salam como seu sucessor conduza a uma "fase de resgate em todos os sentidos" do país, que ainda enfrenta "desafios enormes".

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© Foreign Desk Syria/Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
13/01/2025 19:51 ‧ há 16 horas por Lusa

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"Todas as experiências passadas provam que não há alternativa ao consenso e que a abordagem de rebeldia levou à perda de muitas oportunidades de resgate. Estou esperançado de que a próxima fase seja uma fase de resgate em todos os sentidos da palavra", declarou hoje o líder libanês.

 

"É verdade que os desafios que enfrentamos são enormes, mas a vontade do povo é mais forte, e a nossa unidade e resiliência são a nossa salvação. Tal como superámos as guerras e as crises juntos, voltaremos a erguer-nos juntos", acrescentou Mikati numa declaração.

O político libanês, que estava no cargo há mais de dois anos e meio, telefonou ao seu sucessor para lhe desejar boa sorte na sua tarefa de formar governo, depois de as consultas parlamentares de hoje lhe terem dado o apoio de 84 dos 128 deputados.

Quanto ao seu próprio mandato, sobretudo os últimos 31 meses interinos, o chefe do Governo cessante sublinhou que foi repleto de desafios, sendo o maior aquele que foi colocado pela guerra entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel e as repercussões "a nível político e de segurança, económico e social".

Mikati destacou a resposta à emergência durante o conflito, que se prolonga há mais de um ano e que se encontra numa fase de cessar-fogo desde 27 de novembro, após fortes bombardeamentos israelitas em várias regiões do país e nos subúrbios sul de Beirute, que provocaram mais de dois mil mortos e acima de 1,2 milhões de deslocados.

O líder libanês salientou também muitos projetos de lei para a implementação de reformas, que devem agora ser aprovados pelo parlamento.

Paralelamente ao Governo interino, o Líbano esteve sem chefe de Estado desde outubro de 2022 até à passada quinta-feira devido a divergências políticas, período em que o parlamento só pôde reunir-se para sucessivas votações presidenciais e durante o qual o seu trabalho legislativo foi suspenso por lei.

A escolha do novo Presidente recaiu em Joseph Aoun, anterior comandante das Forças Armadas.

Leia Também: Presidente do Líbano discute retirada israelita com delegação dos EUA

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