"Não se pode pedir desculpas pela independência e pelas conquistas que trouxe", declarou Rui Semedo, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV), acerca da época em que o seu partido detinha o poder.
Em contrapartida, o presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) indicou os avanços alcançados nesse período: "Foi um momento de maximização do ensino, abrindo oportunidades para a formação de crianças, jovens e adolescentes".
Semedo disse ainda que "os grandes investimentos" em saúde, transporte marítimo e criação de empresas essenciais ao desenvolvimento do país foram feitos nessa época.
"É um momento de criação das principais empresas de Cabo Verde que vieram a ser privatizadas posteriormente, que lançaram as bases para o abastecimento das ilhas e o combate à fome ", lembrou.
Rui Semedo concluiu defendendo que essa fase deve ser vista como um marco na construção do país.
No ano em que se celebram 50 anos de independência, Celso Ribeiro sugeriu que o Estado fizesse um pedido de desculpas à população pelos 15 anos de partido único, durante o discurso da bancada parlamentar do MpD na cerimónia dos 33 anos das primeiras eleições multipartidárias, celebrados na segunda-feira.
Para Celso Ribeiro, esse "pedido de desculpas pelo monopartidarismo faria bem à nação" e seria "nobre", contribuindo para "sarar feridas ainda abertas na sociedade".
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