Além da sirene, ouviram-se fortes explosões em Kyiv, enquanto um 'drone' sobrevoava o centro da cidade durante a visita, segundo a agência francesa AFP.
"A defesa aérea está a funcionar", declarou o presidente da câmara de Kyiv, Vitali Klitschko nas redes sociais, pouco depois de a força aérea ter anunciado que um "drone inimigo" se aproximava da capital pelo leste.
A agência ucraniana Ukinform noticiou que um carro foi danificado no distrito de Solomyanskyi, em Kiev, pela queda de detritos de um 'drone' russo abatido, sem causar vítimas.
Antes da assinatura do acordo, Starmer e o Presidente Volodymyr Zelensky homenagearam os soldados ucranianos mortos na guerra com a Rússia, numa cerimónia na Praça de São Miguel, em Kiev.
O líder trabalhista, que visita a Ucrânia pela primeira vez desde que foi eleito em julho, vai assinar com Zelensky um tratado que abrange a defesa, a energia e o comércio, anunciou o Governo britânico num comunicado.
A assinatura do acordo ocorre poucos dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
A Ucrânia e os aliados europeus temem um possível afastamento dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, uma vez que Trump tem dito que quer acabar rapidamente com a guerra.
O importante é "garantir que a Ucrânia esteja na posição mais forte possível ao longo de 2025", disse Starmer aos meios de comunicação social britânicos, enquanto visitava soldados ucranianos feridos numo hospital de Kiev.
"É uma recordação cruel do preço elevado que a Ucrânia está a pagar" nesta guerra, afirmou, referindo-se aos feridos.
Starmer defendeu que os aliados da Ucrânia devem "prestar o apoio necessário" ao país e nunca abrandar esforços nesse sentido.
Zelensky disse que iria discutir com Starmer a possibilidade de colocar tropas ocidentais na Ucrânia para supervisionar um possível acordo de cessar-fogo, uma proposta inicialmente apresentada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
O documento que será assinado, sem precedentes para Kyiv, centrar-se-á em particular na "cooperação militar" no mar, segundo o Governo britânico.
"A ambição de Vladimir Putin [Presidente da Rússia] de afastar a Ucrânia dos seus parceiros mais próximos foi um fracasso estratégico monumental", afirmou Starmer, citado no comunicado do Governo.
"Pelo contrário, estamos mais próximos do que nunca, e esta parceria levará essa amizade para o próximo nível", acrescentou.
Trump, cuja posse está prevista para segunda-feira, 20 de janeiro, disse estar a preparar um encontro com Putin para pôr fim ao conflito na Ucrânia.
O bilionário republicano tem deixado claro o seu ceticismo em relação aos milhares de milhões de dólares de ajuda gastos por Washington para apoiar Kiev contra a Rússia.
Starmer deverá também anunciar hoje mais 40 milhões de libras (47,4 milhões de euros) de ajuda à recuperação económica da Ucrânia.
O Reino Unido tem sido um dos principais apoiantes militares de Kyiv desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Em particular, fornece os mísseis Storm Shadow, que Kyiv utiliza para atingir alvos militares e energéticos em solo russo, uma "linha vermelha" para Moscovo.
Londres prometeu 12,8 mil milhões de libras (15,2 mil milhões de euros) em ajuda militar e civil à Ucrânia desde o início da invasão russa e treinou mais de 50.000 soldados ucranianos em solo britânico, segundo dados oficiais.
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, também se encontra hoje em visita oficial a Kyiv.
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