"Até agora, nos primeiros dois dias, não houve relatos de pilhagens ou ataques a trabalhadores humanitários", disse hoje o porta-voz dos Assuntos Humanitários da ONU, Jens Laerke, numa conferência de imprensa em Genebra.
Por outro lado, a diplomacia do Qatar, que desempenha o papel de mediador entre Israel e o Hamas, afirmou hoje estar "confiante" no acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A entrada em vigor no domingo da trégua de seis semanas marcou o início de um processo ainda incerto destinado a pôr fim a 15 meses de guerra entre Israel e o movimento palestiniano.
"Estamos confiantes no acordo e no facto de termos resolvido todas as questões importantes que estavam em cima da mesa", afirmou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed al-Ansari.
No entanto, o mesmo responsável reconheceu a fragilidade do processo.
No quadro das negociações, até ao momento, foram libertados três reféns israelitas e 90 prisioneiros palestinianos.
Na primeira fase do acordo, Israel e o Hamas acordaram um cessar-fogo de seis semanas, em que decorre uma troca, de forma gradual, de 33 reféns israelitas por mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Durante estas seis semanas, vão decorrer negociações para a segunda fase da trégua, na qual deve ficar concluída a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançadas as bases para o fim da guerra.
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