Líder de partido turco de extrema-direita detido por insultos a Erdogan

As autoridades turcas detiveram hoje o líder do Partido da Vitória, de extrema-direita, Umit Ozdag, no âmbito de uma investigação sobre por alegados insultos dirigidos ao Presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.

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© Altan Gocher/GocherImagery/Universal Images Group via Getty Images

Lusa
21/01/2025 13:16 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Turquia

De acordo a agência de notícias estatal turca Anatolia, a investigação foi aberta após algumas palavras proferidas por Ozdag durante uma reunião do seu partido realizada na segunda-feira, devido a suspeitas de que teria "incitado ao ódio".

 

Ozdag terá dito que "durante o mandato de Erdogan, grandes segmentos da nação turca começaram a perder a fé na religião por causa daqueles que os enganam com Deus" e acusou o Presidente de "prejudicar a fé da nação turca".

"Ao trazer milhões de migrantes e fugitivos para a Anatólia, [Erdogan] está a destruir a cultura da nação turca", defendeu o líder do partido de extrema-direita, sublinhando que "o que está a acontecer é [um ato de] fascismo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP)", o nome do partido do Presidente, noticiou o portal de notícias turco Duvar.

O partido de extrema-direita confirmou a abertura de uma investigação contra Ozdag e a sua detenção pelas forças de segurança, referindo que o processo foi iniciado depois de uma queixa apresentada pelos advogados de Erdogan ao Ministério Público de Istambul.

"O nosso presidente [do partido] passou a noite em condições inadequadas no Departamento de Polícia de Istambul, onde lhe foi negado acesso aos seus advogados. O caso está inexplicavelmente abandonado e [Ozdag] permanece detido a aguardar interrogatório", adiantou o Partido da Vitória em comunicado publicado nas redes sociais.

O partido declarou o seu "firme apoio" a Ozdag e defendeu que "silenciar uma causa justa requer a detenção de todos" os membros do partido, denunciando ainda que esta detenção "marca claramente o início de um segundo caso 'Ergenekon'".

O termo refere-se a um processo aberto contra uma alegada rede clandestina de extrema-direita que terá planeado um golpe contra o Governo de Erdogan em 2003, segundo as autoridades.

Desde 2007, centenas de militares, juízes, jornalistas e procuradores de Justiça foram condenados pelo seu alegado papel neste golpe.

O Partido da Vitória é um partido ultranacionalista de extrema-direita e ganhou destaque nos últimos anos através da sua dura retórica anti-imigração.

Concorreu às eleições legislativas de 2023 como parte da Aliança Ancestral, mas não conquistou nenhum lugar do parlamento.

Leia Também: Erdogan negoceia com Putin venda de gás russo à Eslováquia

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