"Temos um presidente que deixou claro no seu discurso de tomada de posse que um dos principais objetivos da política externa norte-americana é promover a paz. A paz pela força, e sem abandonar os nossos valores", disse Rubio, após ter tomado posse como novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA).
"Penso que é extraordinário que se trate de algo que precisa de ser dito e que não tem sido dito o suficiente nos últimos tempos", afirmou Rubio, que se tornou o primeiro membro da nova administração norte-americana liderada por Donald Trump a prestar juramento após a aprovação do Senado (câmara alta do Congresso).
Marco Rubio explicou, durante as suas primeiras declarações como o novo secretário de Estado, que a política externa norte-americana deve ser orientada pelas respostas a uma destas três perguntas: "Torna-nos mais fortes? Torna-nos mais seguros? Torna-nos mais prósperos? Se não nos tornar num destes três aspetos, não o faremos", afirmou.
"Este é um momento de transformação. Estamos a caminhar para uma nova era que acredito que irá tornar o mundo um lugar mais seguro", disse o político, que também falou em espanhol durante o seu discurso de aceitação, numa alusão às suas origens cubanas.
Questionado sobre as declarações de Donald Trump sobre a sua capacidade de pôr fim imediato à guerra na Ucrânia, Rubio insistiu que há um presidente nos Estados Unidos que quer alcançar a paz.
"Acho que devemos ficar contentes por termos um presidente que quer ser um promotor da paz e acabar com os conflitos sempre que possível. E que está disposto a comprometer o poder e a influência dos Estados Unidos por esta causa", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.
"A política oficial dos Estados Unidos é que a guerra tem de acabar e faremos tudo o que for possível para garantir que isso aconteça", disse Marco Rubio, que apelou a uma resolução "estável e sustentável" que impeça uma nova guerra "nos próximos três ou quatro anos".
No entanto, Rubio reconheceu de novo - como fizera na sua audição de confirmação perante a Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado - que a guerra na Ucrânia é um conflito "complexo", que será difícil de resolver.
"A única forma de conflitos como este acabarem não é através de conferências de imprensa. Não terminam com declarações públicas. Terminam com uma diplomacia forte que os Estados Unidos tentarão adotar na esperança de pôr fim a este conflito de forma sustentável", concluiu.
Donald Trump foi empossado na segunda-feira como o 47.º presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio (sede do Congresso) em Washington, marcando o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
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