"A passagem fronteiriça será reaberta dentro de alguns dias, uma vez que necessita de algumas reparações, tanto do lado palestiniano como do lado egípcio, devido ao bombardeamento israelita", referiu o governador da província do Norte do Sinai, Khaled Megawer.
Em declarações à imprensa, o responsável indicou que a sua visita a Rafah tem como objetivo inspecionar os preparativos para receber os feridos e permitir a entrada de camiões que transportam ajuda humanitária, que até agora foram desviados para as passagens de Al Auya e Kerem Shalom.
"Espera-se que milhares de feridos e doentes entrem pela passagem pelo que preparámos vários médicos em diferentes setores médicos e ambulâncias adicionais, além dos números existentes na província", afirmou.
A mesma fonte acrescentou que o governo egípcio desenvolveu um plano abrangente para receber os feridos e os bens médicos necessários para o qual "foram construídos armazéns para o Crescente Vermelho e o porto foi modernizado".
Desde que a trégua entre Israel e o Hamas entrou em vigor, no passado domingo, centenas de camiões carregados com mantimentos de emergência atravessaram os portões da passagem de Rafah para seguir a estrada e chegar às passagens de Al Auya e Kerem Shalom, em território israelita, para descarregar a ajuda.
A partir destes postos de controlo, os camiões do Crescente Vermelho transportam carga humanitária para a Faixa de Gaza, devido às péssimas condições das instalações de Rafah, que era a principal rota de abastecimento para Gaza e a única que não estava sob controlo de Israel.
Rafah era a única forma de transportar a pouca ajuda que conseguiu entrar em território palestiniano durante os primeiros meses do conflito, até que as tropas israelitas ocuparam a zona em maio do ano passado e bloquearam a sua utilização.
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