Desde a entrada em vigor das tréguas, o exército reconheceu, pelo menos duas vezes, ter aberto fogo em diferentes pontos da Faixa de Gaza, alegando ter identificado "suspeitos armados".
"Durante o último dia, os soldados do nosso exército atuaram contra as ameaças que pesavam sobre os soldados na Faixa de Gaza, apesar dos termos do cessar-fogo que entrou em vigor", disse o estado-maior israelita na quarta-feira, citado pela agência espanhola EFE.
Um palestiniano foi morto e outras pessoas ficaram feridas num ataque de um 'drone' israelita enquanto vasculhavam os escombros das suas casas em Rafah, no sul do enclave, noticiou a agência local WAFA na quarta-feira.
A contagem divulgada hoje pelo Ministério da Saúde de Gaza incluía mais uma vítima mortal, elevando para seis o número de pessoas mortas por ataques israelitas durante o cessar-fogo.
Os 16 hospitais em funcionamento na Faixa de Gaza, dos 36 existentes, receberam mais de 300 feridos na quarta-feira, de acordo com os números do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
Segundo a mesma fonte, o número de mortos em Gaza subiu para 47.283, 70% dos quais são mulheres e crianças, e o de feridos para 111.472 desde 07 de outubro, quando Israel iniciou a ofensiva após ter sofrido um ataque sem precedentes do Hamas.
O grupo extremista matou nesse dia cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel e fez cerca de 250 reféns que levou para a Faixa de Gaza, segundo as autoridades israelitas.
Com o início do cessar-fogo, o trabalho das equipas de defesa civil na localização e recuperação de corpos intensificou-se na última semana, apesar de denunciarem uma escassez de recursos e de pessoal.
No último dia, pelo menos 120 corpos foram recuperados dos escombros causados em toda a Faixa de Gaza por mais de 15 meses de ofensiva israelita.
As autoridades palestinianas calculam que milhares de corpos estejam sob aas ruínas de edifícios destruídos por bombardeamentos.
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