Riade confiante na capacidade dos líderes libaneses para impor reformas

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, disse hoje estar confiante na capacidade dos novos líderes libaneses para implementar as "reformas necessárias" no país, saído de uma guerra e a atravessar uma profunda crise económica.

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© Matt Hunt/NurPhoto via Getty Images

Lusa
23/01/2025 18:05 ‧ há 3 horas por Lusa

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Médio Oriente

"Temos grande confiança na capacidade do Presidente e do primeiro-ministro indigitado para implementar as reformas necessárias para reforçar a segurança, a estabilidade e a unidade do Líbano", afirmou o chefe da diplomacia saudita naquela que foi a primeira visita de um alto funcionário saudita ao Líbano em quase 15 anos, após anos de relações tensas entre os dois países, que agora procuram retomar o diálogo.

 

O general Joseph Aoun foi eleito pelo parlamento como novo Presidente do Líbano a 09 de janeiro, pondo fim a um vazio de poder que durou mais de dois anos, desde o fim do mandato do último chefe de Estado (em outubro de 2022), Michel Aoun (com quem Joseph não tem qualquer parentesco).

Nawaf Salam, diplomata, jurista e académico libanês, foi nomeado primeiro-ministro do Líbano no dia 13 de janeiro e encarregado de formar um novo governo.

As reformas evocadas pelo ministro saudita constituem uma condição prévia para o desbloqueamento da ajuda à reconstrução do país, mergulhado numa profunda crise económica e a emergir de uma guerra devastadora.

Há mais de um ano que o Líbano tem sido palco de uma guerra entre as forças israelitas e o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do antigo regime da Síria e do Irão. O conflito foi suspenso por um frágil acordo de cessar-fogo de 60 dias assinado no final de novembro.

Riade foi um grande investidor no Líbano, mas os laços entre os dois países deterioraram-se na última década devido à crescente influência do grupo Hezbollah.

A Arábia Saudita criticou o fracasso das autoridades libanesas em combater o contrabando de drogas do Líbano para a Arábia Saudita e impôs medidas punitivas após comentários televisivos do ministro da Informação libanês, nas quais este criticou a guerra de Riade no Iémen contra os rebeldes xiitas Huthis.

As autoridades sauditas proibiram as importações vindas do Líbano, o que agravou o sofrimento económico dos agricultores e industriais libaneses, uma vez que o país estava no meio de uma crise económica.

Há vários anos que o Líbano ambiciona retomar os laços diplomáticos com a Arábia Saudita e com outros países do Golfo, que eram tradicionalmente parceiros comerciais importantes e cujos cidadãos se deslocam com frequência ao Líbano, dinamizando a sua economia turística.

Leia Também: Arábia Saudita diz a Trump que quer investir 600 mil milhões nos EUA

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