Trump garante que Venezuela aceitou receber os seus cidadãos expulsos dos EUA

O Presidente dos EUA, Donald Trump, garantiu hoje que a Venezuela passará a receber de volta todos os seus cidadãos que forem deportados dos Estados Unidos, incluindo criminosos.

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© KEVIN LAMARQUE/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
01/02/2025 16:44 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

EUA

"A Venezuela concordou em receber no seu país todos os estrangeiros ilegais venezuelanos que estavam nos Estados Unidos, incluindo membros de gangues", escreveu Trump na rede social Truth.

 

O comentário do Presidente norte-americano foi feito horas depois de em Caracas as autoridades venezuelanas terem libertado seis cidadãos norte-americanos que estavam detidos em cadeias do país, na sequência da deslocação do enviado especial de Donald Trump, Richard Grenell.

"Pomo--nos em marcha e dirigimo--nos a casa com estes seis cidadãos norte--americanos. Acabaram de falar com Donald Trump e não conseguiam parar de lhe agradecer", anunciou Richard Grenell, na sexta-feira, na rede social X, sem revelar a identidade dos norte-americanos libertados.

O anúncio teve lugar depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter recebido Grenell no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, a quem propôs uma "agenda zero" com os EUA, para uma nova etapa das relações bilaterais entre ambos os países.

Segundo o responsável para a América Latina no Departamento de Estado norte-americano, Mauricio Claver-Carone, o objetivo da deslocação de Grenell foi conseguir que a Venezuela, que não tem relações diplomáticas com os EUA, aceite voos de deportação de imigrantes sem documentos e garantir a libertação de cidadãos norte-americanos detidos nas prisões venezuelanas.

"Esta missão especial é muito específica. Os EUA e o Presidente Trump esperam que Nicolás Maduro receba de volta todos os criminosos e membros de gangues venezuelanos que foram enviados para os Estados Unidos e que o faça sem condições. Esta é uma questão não negociável", afirmou.

O segundo ponto relaciona-se com "reféns norte-americanos detidos na Venezuela que devem ser libertados imediatamente", acrescentou o representante.

O encontro entre Maduro e Grenell tem lugar um dia depois de o Presidente da Venezuela anunciar, através da televisão estatal, que o Governo "está a fazer os possíveis" para que os EUA deportem o ex-presidente do parlamento venezuelano Juan Guaidó, que em 2019 jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país e afastar Maduro do poder.

Washington enfrenta dificuldades na deportação de venezuelanos há vários anos devido à deterioração das relações bilaterais e especialmente após o colapso diplomático de 2019, durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), quando os EUA reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Em novembro, e no seguimento das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, fortemente contestadas pela oposição e pela comunidade internacional, os EUA ainda liderados por Joe Biden reconheceram o opositor Edmundo González Urrutia como Presidente eleito da Venezuela.

A informação inicial sobre a reunião com Maduro foi avançada pela estação televisiva norte-americana CNN.

A organização não-governamental Independent Venezuelan American Citizens, com sede em Miami, no sudeste dos Estados Unidos, identificou oito cidadãos norte-americanos presos na Venezuela, a maioria deles desde 2024.

Leia Também: Trump demite diretor do Gabinete para a Proteção Financeira do Consumidor

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