Desconhecido da maioria dos alemães quando chegou à chefia do Estado, Horst Köhler acabou por ser um popular Presidente, cargo que na Alemanha tem apenas um papel cerimonial e de representação e pouco poder.
Ainda assim, Köhler recusou, ocasionalmente, assinar decretos propostos pelo Governo da chanceler Angela Merkel, justificando-se com preocupações constitucionais.
Köhler foi eleito antes de Merkel chegar ao poder, numa altura em que a Alemanha lidava com cortes estatais e reformas laborais.
Já no segundo mandato, foi alvo de crítica popular após uma visita às tropas no Afeganistão e acabou por se demitir do cargo, a 31 de maio de 2010.
Köhler, filho de agricultores de etnia alemã oriundos da Roménia, nasceu a 22 de fevereiro de 1943, em Skierbieszow, na Polónia, quando ocupada pelos nazis.
A sua família fugiu para a Alemanha após a II Guerra Mundial, primeiro para Leipzig, na Alemanha de Leste, e depois para a Alemanha Ocidental, em 1954.
Köhler trabalhou durante mais de uma década no Ministério das Finanças, durante a liderança do chanceler Helmut Kohl, que confiava nele para a diplomacia económica.
Tendo ajudado a desenhar a moeda única europeia e a negociação para a reunificação da Alemanha, foi nomeado para chefiar o Fundo Monetário Internacional em 2000.
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