Líderes da UE pedem respeito pela soberania da Gronelândia

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje que os líderes da União Europeia (UE) chegaram a um consenso para manifestar solidariedade com a Dinamarca e para pedir o respeito pela soberania da Gronelândia, dadas as ameaças norte-americanas.

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Lusa
03/02/2025 20:36 ‧ há 2 horas por Lusa

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"Não queria ser eu a antecipar isso, mas posso, em qualquer caso, anunciar que há um consenso sobre essa matéria, no que toca a exprimir a nossa solidariedade e o respeito pela integralidade dos territórios dos países soberanos que compõem a União Europeia", disse Luís Montenegro.

 

O chefe de Governo português falava em Bruxelas à margem do primeiro retiro de líderes da União Europeia (UE), iniciativa criada para debates mais informais entre os chefes de Governo e de Estado europeus e dedicada à área da segurança e defesa.

O encontro surge numa altura em que o presidente norte-americano, Donald Trump, tem vindo a reivindicar um maior acesso ao Ártico, e manifestando interesse em adquirir a Gronelândia, um território autónomo gerido pela Dinamarca.

Esta manhã, à chegada ao encontro informal de líderes da UE, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, mostrou-se disponível para dialogar com os Estados Unidos sobre a Gronelândia, mas frisou que o território autónomo "não está à venda".

"Temos sido muito claros: todos temos de respeitar a soberania de todos os Estados no mundo - e a Gronelândia é hoje uma parte do reino da Dinamarca -- não está à venda", referiu Mette Frederiksen.

A líder dinamarquesa, falava à entrada do primeiro retiro de líderes da UE, iniciativa criada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, para debates mais informais.

"Concordo totalmente com os americanos que a região do Extremo Norte, a região do Ártico, é cada vez mais importante quando falamos de defesa e segurança e de dissuasão, e é possível encontrar uma forma de assegurar uma pegada mais forte [dos Estados Unidos] na Gronelândia, onde já estão", referiu ainda Mette Frederiksen.

A chefe do governo de Copenhaga lembrou ainda que as tropas dinamarquesas combateram ao lado dos Estados Unidos durante muitas décadas.

Desde as primeiras declarações de Donald Trump a proclamar a necessidade de adquirir a ilha do Ártico, os seus dirigentes têm repetido que esta não está à venda.

A Dinamarca, país a que pertence o território autónomo, comentou que a Gronelândia pertence aos seus habitantes e assegurou ainda o apoio dos seus parceiros europeus no respeito pelas fronteiras e pela soberania nacional.

As eleições na Gronelândia deverão ser realizadas até 06 de abril e os políticos estão preocupados com uma possível interferência estrangeira.

Donald Trump disse pela primeira vez que queria comprar a Gronelândia em 2019, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, uma oferta que tanto o território autónomo como a Dinamarca rejeitaram.

Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.

Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.

Os Estados Unidos mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.

Leia Também: Montenegro diz que Portugal tem "ameaça grande" em zonas marítimas

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