O eurodeputado do Partido Popular (PP) informou que alguns observadores estavam com dificuldades em permanecer dentro das salas de aula, uma situação que, embora segundo Mato não seja generalizada, tem-se repetido "especificamente" em cinco das vinte e quatro províncias do país.
"Posso dizer que estive em muitas mesas e em muitas delas havia delegados de partidos políticos a observar", disse o chefe da missão durante uma visita à Universidade Salesiana, uma das maiores mesas de voto da capital, Quito.
A UE enviou mais de 100 observadores de 25 países do bloco europeu para o Equador, bem como o Canadá e a Noruega, que foram distribuídos por todas as províncias do Equador e vão testemunhar a abertura e o fecho das urnas, bem como a contagem dos votos.
"Avaliámos absolutamente todos os aspetos: falámos sobre financiamento, redes sociais, media e possíveis situações que poderiam ter ocorrido", referiu Mato.
O relatório preliminar da UE será apresentado na próxima terça-feira, e incluirá recomendações para futuras votações ou processos eleitorais.
Mais de 13,7 milhões de eleitores foram hoje chamados às urnas para renovar os seus mandatos nacionais para o período 2025-2029, incluindo os que vão ocupar a Presidência e a Vice-Presidência para igual período, os 151 membros da Assembleia Nacional (Parlamento) e cinco representantes no Parlamento Andino.
Para a eleição presidencial, em que há 16 candidatos, haverá uma segunda volta a 13 de abril, entre os dois candidatos mais votados, se hoje nenhum concorrente obtiver metade mais um dos votos ou, noutro cenário válido, pelo menos 40% dos votos e uma vantagem mínima de dez pontos percentuais sobre os restantes.
As eleições estão a ser realizadas no âmbito do "conflito armado interno" declarado desde o início do ano passado pelo atual Presidente para fazer face aos gangues criminosos; as principais causas da dimensão da violência e da insegurança que afeta o país, o que o levou a ocupar o primeiro lugar na América Latina em termos de taxa de homicídios em 2023.
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