Sánchez diz que que paz tem de ter "implicação ativa" da UE e da Ucrânia

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que um acordo de paz para a Ucrânia tem de ter "a implicação ativa" da União Europeia (UE) e da própria Ucrânia.

Notícia

© Alberto Ortega/Europa Press via Getty Images

Lusa
17/02/2025 20:35 ‧ há 4 dias por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Tem de reforçar a ordem multilateral e o direito internacional. Que não se premeie o agressor e que se reconheça de alguma maneira o esforço do agredido", disse Sánchez sobre um eventual de acordo de paz na Ucrânia, país atacado militarmente pela Rússia desde fevereiro de 2022.

 

O primeiro-ministro espanhol falava numa conferência de imprensa em Paris, após um encontro sobre segurança europeia e a situação na Ucrânia que juntou líderes europeus e da NATO (a aliança de cooperação em defesa entre países da Europa e da América do Norte).

Sánchez considerou que as recentes iniciativas dos EUA para o início de conversações de paz na Ucrânia "são bem-vindas" e "abrem uma janela de oportunidade", mas considerou que não se podem voltar a cometer "erros do passado".

"Não é a primeira vez que a Rússia de Putin anexa territórios que não lhe pertencem", disse Sánchez, referindo-se ao presidente russo, Vladimir Putin.

"Tem de ser uma paz justa e duradoura", insistiu o líder do Governo espanhol, que considerou que para isso tem de haver uma "implicação ativa" e "uma participação ativa" nas conversações de paz da Ucrânia, "o país agredido", e da União Europeia, "o projeto que se sente ameaçado" pelo ataque da Rússia.

Para Sánchez, um acordo de paz na Ucrânia tem ainda de reforçar o multilateralismo, nomeadamente o respeito pelo direito internacional, o respeito pela integridade territorial e a soberania das nações, "que foi o que Putin pôs em questão com a invasão".

"Finalmente, a paz deve trazer uma União Europeia mais forte. Perante a adversidade, o que precisamos é de mais Europa, é de mais União Europeia", acrescentou, dizendo que é isso que têm demonstrado "sucessivas crises" recentes, como a da covid-19, em que a união dos países da UE foi fundamental para responder aos desafios que surgiram.

Sobre o eventual envio de tropas europeias, incluindo espanholas, para a Ucrânia, Sánchez afirmou que só tem sentido abordar essa questão quando houver um acordo de paz, repetindo uma posição que o governo que lidera já tinha assumido hoje, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O líder do Governo espanhol afirmou que "a paz na Ucrânia e a segurança europeias são duas faces da mesma moeda" e defendeu que as autoridades de Kiev continuam a precisar do apoio da UE, sublinhando que os recursos mobilizados nos últimos três anos "estão a dar resultados".

"A Ucrânia continua a resistir e Putin não alcançou os objetivos que definiu no início da invasão", afirmou.

Sánchez reiterou que a UE tem de "definir de uma vez por todas a segurança e a defesa como um bem público" e criar mecanismos para poder financiar novas capacidades neste âmbito, "perante o novo cenário geopolítico e a ameaça da Rússia de Putin".

Além de Sánchez, participaram na reunião o presidente farncês e anfitrião do encontro, Emanuel Macron, os chefes de governo da Alemanha, Olaf Scholz; dos Países Baixos, Dick Schoof; da Polónia, Donald Tusk; da Itália, Georgia Meloni; e do Reino Unido, Keir Starmer; bem como os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Leia Também: Ucrânia. "Europa assume plenamente a sua quota-parte militar"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas