"A presidência polaca da UE e os burocratas de Bruxelas, com o apoio entusiástico de muitos Estados-membros, adotaram novas medidas punitivas, desafiando a nova realidade", declarou o chefe da diplomacia húngara, Péter Szijjártó, citado pela agência espanhola EFE.
O ministro húngaro encontra-se de visita a Washington e fez os comentários nas redes sociais, depois de a UE, incluindo a Hungria, ter chegado hoje a um acordo político sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia.
O pacote será formalmente adotado na segunda-feira, 24 de fevereiro, por ocasião do terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Szijjártó referiu que "o tempo das sanções passou e surgiu uma nova realidade", marcada pelas negociações entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Ucrânia, que, em sua opinião, "estão a evoluir de forma bastante promissora".
O ministro húngaro manifestou a esperança de que as relações entre Washington e Moscovo melhorem de tal forma no futuro que "as políticas de sanções possam ser esquecidas".
O 16.º pacote de sanções inclui, entre outras, medidas contra a chamada "frota fantasma" de navios que ajudam Moscovo a escapar às sanções sobre o petróleo.
Inclui também a proibição das importações de alumínio da Rússia e das exportações de petróleo bruto e de serviços de refinação de gás, segundo fontes diplomáticas.
O Governo do primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán, considerado um aliado de Moscovo e do novo Presidente norte-americano, Donald Trump, é muito crítico das sanções contra a Rússia, embora acabe sempre por aprová-las no seio da UE.
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