Em comunicado, um gabinete de segurança marroquino referiu tratar-se de "uma conspiração terrorista muito perigosa", acrescentando que a detenção dos membros da célula, com idades entre os 18 e os 40 anos, decorreu em Casablanca, Fez, Tânger, Azemour, Taunat, Guercif, Ulad Tayma, Tamesna, arredores de Rabat e El Aiun, no Saara Ocidental.
Os membros da célula "juraram fidelidade" ao EI e "estavam envolvidos na preparação e coordenação da execução de projetos terroristas perigosos", segundo a informação citada pela agência marroquina MAP.
Segundo a mesma fonte, o ramo do EI na região do Sahel tinha planos "iminentes" para atacar membros das forças de segurança que pretendiam "atrair, liquidar fisicamente e profanar os seus corpos".
Na lista estavam ainda ataques contra "instalações económicas e de segurança sensíveis" e "interesses estrangeiros" em Marrocos, bem como "cometer atos terroristas danificando o ambiente através de fogo posto deliberado".
A operação de segurança foi levada a cabo pelas forças especiais da Direção Geral de Vigilância do Território (DGST) que "aplicaram o protocolo de segurança para ameaças terroristas graves" com o destacamento de atiradores furtivos em diferentes locais, bem como de técnicos de deteção de explosivos e de equipas caninas da polícia.
A polícia retirou os habitantes dos apartamentos próximos dos locais da operação de segurança "como medida preventiva para evitar todos os riscos".
As forças de segurança marroquinas apreenderam engenhos explosivos que estavam a ser montados na casa de um dos suspeitos na cidade de Tamesna.
As investigações mostraram que a célula optou por uma forma de organização "precisa" e os seus membros realizaram operações de identificação de possíveis alvos em várias cidades marroquinas antes de obterem "a bênção" do EI na região do Sahel.
"Receberam um vídeo com a bênção e a incitação para realizarem esta operação", acrescentou a fonte citada pela MAP.
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