"Pedimos a Israel que continue a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Isto está também de acordo com as exigências do Tribunal Internacional de Justiça", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, Sebastian Fischer.
A Alemanha também pediu que Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas "regressem à mesa de negociações e garantam a manutenção do acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns", segundo o porta-voz alemão.
Israel bloqueou no domingo a entrada de ajuda humanitária em Gaza até novas ordens, após desentendimentos com o Hamas sobre os termos de continuação do cessar-fogo. A ONU pediu também a Israel que reverta esta decisão, condenada por vários países árabes.
"O acesso irrestrito de ajuda humanitária à Faixa de Gaza deve ser garantido em todos os momentos", insistiu Sebastian Fischer.
Ao mesmo tempo, "o Hamas deve colocar um fim ao sofrimento" dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza e dos seus familiares, "libertando-os imediatamente", acrescentou.
O atual impasse coloca em risco a continuidade do cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro, após 15 meses de uma guerra devastadora em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 ao sul de Israel, que matou mais de 1.200 israelitas e ao sequestro de cerca de outras 250 pessoas.
Israel, então, deu início a uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que já provocou a morte de mais de 48 mil pessoas no enclave palestiniano.
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