"Ao impedir a entrada de alimentos em Gaza, Israel continua a utilizar a fome como arma de guerra", acusou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da África do Sul em comunicado, que "condena veementemente a recusa de Israel em permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza", quando os 2,4 milhões de habitantes sob cerco têm "necessidade urgente de alimentos, abrigo e material médico".
Como consequência do impasse nas negociações sobre o seguimento do acordo de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, o Governo de Benjamin Netanyahu impede, desde domingo, a entrada de ajuda humanitária à população palestiniana.
Relativamente à ofensiva israelita na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, a África do Sul também condena as "operações militares israelitas em curso", que "representam uma perigosa escalada".
Em 21 de janeiro, as forças armadas israelitas lançaram uma operação contra grupos palestinianos armados no norte da Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.
A África do Sul denunciou também a "violação contínua da soberania e da integridade territorial da Síria" por parte de Israel, onde os ataques aéreos israelitas contra instalações militares no sul do país se intensificaram nos últimos dias.
Após a queda do Presidente Bashar al-Assad, em dezembro, Israel enviou tropas para a zona-tampão desmilitarizada dos Montes Golã, no sudoeste da Síria, no limite da parte do planalto ocupada por Israel desde a guerra de 1967 e anexada em 1981. Esta anexação não é reconhecida pela ONU.
A campanha militar israelita contra Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro de 2023, que fez mais de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.
A retaliação militar israelita fez mais de 48 mil mortos no enclave palestiniano.
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