Em comunicado, a organização não-governamental (ONG) defendeu que "o novo governo libanês deve conceder jurisdição ao TPI sobre todos os crimes abrangidos pelo Estatuto de Roma cometidos dentro ou a partir do seu território".
Para a diretora geral de investigação, defesa, política e campanhas da ONG, Erika Guevara, os "ataques ilegais de Israel contra instalações de saúde e pessoal médico não constituem apenas graves violações do direito humanitário internacional e provavelmente crimes de guerra, mas também têm consequências devastadoras para a população civil em geral".
Apesar de ter aceitado em abril a jurisdição do TPI no âmbito dos bombardeamentos de Israel contra o país, as autoridades ainda não ratificaram o tratado fundador do tribunal.
A Amnistia Internacional afirmou não ter encontrado indicação de alvos militares aquando dos ataques a centros de saúde e veículos médicos em Beirute e no sul do Líbano, entre 03 e 09 de outubro do ano passado, que mataram 19 profissionais de saúde e feriram outros 11, como alegou Israel.
A presença de alvos militares foi indicada pelos israelitas, que iniciaram uma ofensiva contra o grupo xiita libanês Hezbollah no Líbano no final de setembro, estando um cessar-fogo em vigor desde o final de novembro.
Segundo a ONG, a investigação destes crimes por parte do TPI é crucial para "garantir que os autores sejam punidos, as vítimas sejam indemnizadas e que estes crimes nunca se repitam".
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