"Não vejo razão para mudar a coligação se o nosso candidato ganhar, mas, se não, não creio que consigamos avançar da mesma forma", afirmou Ciolacu, em declarações à agência noticiosa Bloomberg, nas quais reconheceu que uma derrota de Crin Antonescu nas eleições presidenciais seria um golpe para o Governo.
Antonescu, que desempenhou as funções de presidente interino durante dois meses, em 2012, conta com o apoio dos sociais-democratas de Ciolacu, dos liberais (o seu próprio partido) e do Partido Étnico Húngaro.
A Roménia realizou eleições presidenciais em novembro passado, mas o escrutínio seria anulado.
Na primeira volta, realizada a 24 de novembro, o candidato ultranacionalista Calin Georgescu, até então pouco conhecido, venceu contra todas as probabilidades graças a uma campanha nas redes sociais, alegadamente apoiada pela Rússia, e o sistema judicial romeno anulou todo o processo eleitoral a 06 de dezembro, numa decisão inédita.
As mais recentes sondagens mostram que Crin Antonescu continua atrás de George Simion, representante da extrema-direita romena cuja candidatura presidencial foi aceite pela comissão de eleições.
Simion é líder do partido de extrema-direita mais popular do país, a Aliança para a União dos Romenos, atualmente com a segunda maior bancada no parlamento romeno.
O país continua dividido e mais de um quinto dos eleitores admite estar indeciso, de acordo com as últimas sondagens.
Esta turbulenta época eleitoral na Roménia abalou a política interna do país, com um número crescente de candidatos a desafiar a orientação pró-europeia e transatlântica do país.
O favorito para esta eleição é atualmente o presidente da Câmara de Bucareste, Nicusor Dan, que se candidata como independente. De acordo com uma sondagem da AtlastIntel, vencerá Simion na segunda volta das eleições.
A primeira volta da repetição das eleições presidenciais está marcada para 4 de maio. Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, será realizada uma segunda volta a 18 de maio.
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