"<span class="news_bold">Israel agirá com uma intensidade que vocês nunca viram" caso os reféns mantidos em Gaza não sejam libertados, advertiu hoje o ministro da Defesa, Israel Katz, numa declaração em vídeo transmitida nas redes sociais.
"O primeiro [Yahya] Sinwar destruiu Gaza e o segundo Sinwar vai destruí-la completamente", disse o governante, referindo-se ao irmão do cérebro do ataque de 7 de outubro e principal líder do Hamas, Yahya, que foi morto por Israel em outubro de 2024 em Gaza.
"O ataque aéreo [realizado na terça-feira] contra os terroristas do Hamas foi apenas o primeiro passo. O resto será muito mais difícil e eles pagarão o preço", disse Katz.
O ministro acrescentou que os habitantes de Gaza serão novamente deslocados das suas casas, como aconteceu durante a ofensiva terrestre israelita, primeiro contra o norte do enclave e depois em Rafah (sul).
"Se todos os reféns israelitas não forem libertados e o Hamas não for retirado de Gaza, Israel atuará com uma força invisível. Sigam o conselho do Presidente dos Estados Unidos: devolvam os reféns e eliminem o Hamas, e outras opções se abrirão, incluindo ir para outras partes do mundo para aqueles que quiserem", disse hoje Katz.
"A alternativa", acrescentou, "é a destruição total e a devastação".
Israel retomou a campanha de bombardeamento na Faixa de Gaza na madrugada de terça-feira, após uma trégua de quase dois meses, iniciada em 19 de janeiro, ao fim de mais de 15 meses de ofensiva.
Segundo um balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, os ataques israelitas contra o enclave causaram mais de 970 mortos em 48 horas.
As autoridades de Gaza afirmam que terça-feira foi o dia com mais mortos desde o início do conflito, em outubro de 2023.
Desde o início da ofensiva, foram mortas 49.547 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP.
Durante a trégua, o grupo extremista que governa a Faixa de Gaza desde 2007 trocou reféns israelitas por palestinianos detidos em Israel.
A trégua deveria ter sido seguida de uma nova fase, mas as duas partes não chegaram a um acordo sobre os respetivos termos.
A ofensiva israelita em Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, além de 250 reféns que foram levados para Gaza.
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