De acordo com um comunicado militar, nos últimos meses a divisão concluiu operações no Líbano, onde Israel lançou uma invasão terrestre em outubro de 2024, e nos ocupados Montes Golã sírios, na zona norte.
Um vídeo divulgado pelo exército mostra dezenas de tanques, numa vista aérea, estacionados num terreno árido.
O anúncio foi feito no mesmo dia em que os tanques israelitas cercaram o bairro de Tel al Sultan, na zona sul de Rafah, instando milhares de palestinianos a deslocarem-se imediatamente para al-Mawasi, uma vez que se tratava de "uma zona de combate perigosa".
Num outro comunicado, o exército confirmou hoje à tarde que "nas últimas horas, as tropas operaram e completaram o cerco a Tel al Sultan", mataram supostos milicianos e expandiram a zona tampão perto da fronteira com o Egito.
Uma testemunha presencial disse hoje à agência espanhola EFE que os tanques israelitas também tomaram o controlo da colina de Abu Ataya, em Rafah, e dispararam intensamente enquanto dezenas de pessoas procuravam refúgio.
Por seu lado, o grupo islamita palestiniano Hamas condenou em comunicado os ataques a Tel al Sultan, o bairro saudita de Gaza e outras zonas de Rafah e afirmou que "o cerco a mais de 50 mil civis e o ataque a instalações e pessoal médico constitui um crime de guerra".
As equipas de emergência do Crescente Vermelho palestiniano informaram que as forças israelitas tinham bloqueado várias das suas ambulâncias em Rafah e que vários dos seus médicos no cerco tinham sido feridos e que se tinha perdido o contacto com eles.
O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2023, atingiu hoje 50.021, na sequência dos últimos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, anunciaram as autoridades locais.
Israel rompeu o cessar-fogo na terça-feira, 18 de março, e desde então os ataques israelitas já causaram 673 mortos e mais de mil feridos.
A ofensiva contra Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Durante a trégua observada entre 19 de janeiro e 18 de março, o Hamas entregou reféns a Israel em troca da libertação de prisioneiros palestinianos.
O grupo radical palestiniano ainda tem 58 reféns em Gaza.
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