Segundo a agência noticiosa espanhola, o Egito propõe que o movimento de resistência islâmico estabeleça uma trégua com um calendário para a libertação dos reféns, tendo como pano de fundo também a retirada das tropias israelitas do enclave palestiniano.
A fonte, que pediu anonimato, sublinhou que existe uma proposta egípcia para um cessar-fogo em Gaza em cima da mesa para ambos os lados [Israel e Hamas], referindo que se espera uma participação mais ampla nas negociações, através do envio de delegações ao Cairo com o objetivo de acelerar um acordo.
Segundo a fonte, a última proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores egípcios exige que o grupo islamita "Hamas forneça informações pormenorizadas sobre os reféns vivos, os cadáveres e os feridos, bem como provas fotográficas que corroborem a veracidade dessas informações".
A proposta inclui ainda um acordo sobre uma trégua inicial, no âmbito da qual o cessar-fogo começaria imediatamente, acompanhado de negociações mais profundas para estabelecer um calendário para a libertação dos restantes reféns, em troca de uma retirada gradual das forças israelitas da Faixa de Gaza, acrescentou.
Segundo a fonte, os funcionários egípcios estiveram em contactos intensos nas últimas horas com os homólogos israelitas, com o Hamas e com a administração norte-americana, a quem transmitiram esta proposta.
A este respeito, a fonte referiu os recentes contactos de alto nível entre o Egito e os Estados Unidos, durante os quais a parte egípcia manifestou vontade de chegar a um entendimento com o Hamas sobre a posterior libertação dos reféns, na condição de haver garantias claras dos Estados Unidos para qualquer eventual acordo.
A fonte acrescentou que as negociações sobre a proposta urgente de cessar-fogo ainda estão em curso e observou que o Hamas não se retirou das conversações nem manifestou qualquer recusa em responder às propostas.
No final da noite de domingo, ao chegar a Jerusalém, a Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Kaja Kallas, afirmou que o retomar das negociações "é a única forma de acabar com o sofrimento de ambas as partes", em referência à guerra em Gaza que Israel retomou a 18 deste mês, após um cessar-fogo que durou menos de dois meses.
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