A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, assegurou, esta sexta-feira, que “os telefones não têm parado de tocar”, tendo dado conta de que mais de 75 países contactaram os Estados Unidos para estabelecer acordos.
“Os telefones não têm parado de tocar para fazer acordos”, disse, em conferência de imprensa, citada pela Sky News.
A responsável apontou que estes países “ouviram sabiamente o aviso do presidente Donald Trump para não retaliarem”, face às tarifas impostas pelo magnata.
“Como resultado, foram recompensados com uma pausa de 90 dias e tarifas recíprocas substancialmente mais baixas durante este período”, complementou.
Leavitt revelou ainda que mais de 15 acordos comerciais estão prestes a ser concluídos e apontou que “foram feitos progressos muito significativos”.
“Vamos fechar os acordos o mais rapidamente possível”, disse, ao mesmo tempo que garantiu que se tratam de “acordos feitos à medida de cada país”, uma vez que “todos têm desafios e capacidades únicas”.
A porta-voz indicou também que o chefe de Estado "continua otimista" quando à possibilidade de um acordo comercial com a China.
"O presidente deixou claro que está muito aberto à questão de um acordo com a China", disse, e alertou que se Pequim “continuar a retaliar, não são boas notícias”.
Isto porque, prosseguiu, Trump “quer fazer o que é correto para o povo norte-americano” e “quer ver práticas comerciais justas em todo o mundo”.
"O presidente deixou bem claro que, quando os Estados Unidos forem atacados, vão atacar com mais força. E espera chegar a um acordo que beneficie o trabalhador norte-americano e as nossas empresas que têm sido enganadas há demasiado tempo. E está finalmente a tomar medidas ousadas e corajosas para o fazer”, considerou.
Leavitt apontou ainda que os aliados “deixaram bem claro que precisam dos Estados Unidos”.
"Precisam dos nossos mercados. Precisam dos nossos mercados, precisam da nossa base de consumidores", disse.
Antes, Trump afirmou na sua rede social, Truth Social, que a política aduaneira está a "funcionar realmente bem".
"A nossa política de direitos aduaneiros está a funcionar realmente bem. É emocionante para a América e para o mundo. Está a avançar rapidamente", escreveu, depois de a China ter anunciado o aumento para 125% das taxas aduaneiras aos produtos norte-americanos e depois de os Estados Unidos terem decidido aplicar um total de 145% aos produtos chineses.
Esta declaração de Trump surgiu numa altura em que a moeda, a dívida e as ações norte-americanas estão sob ataque nos mercados, num contexto de escalada de tensão comercial com a China.
A Organização Mundial do Comércio disse prever que esta situação possa causar uma quebra de 3% no comércio mundial.
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