À margem do Conselho de Negócios Estrangeiros a decorrer hoje no Luxemburgo, está marcado o primeiro diálogo a alto nível entre a União Europeia (UE) e as autoridades palestinianas, com a chefe da diplomacia do bloco comunitário, Kaja Kallas, e o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, a abordarem questões políticas e as relações bilaterais.
Do valor total, 620 milhões são empréstimos para "assistência direta ao orçamento da Autoridade Palestiniana", entidade que governa partes da Cisjordânia ocupada por Israel, com a Comissão Europeia a referir que a verba representa "um aumento em relação aos outros anos" e que engloba o apoio fornecido pelas autoridades à população local.
Para que este dinheiro flua sem atrasos ou suspensões, o executivo de Ursula von der Leyen estabeleceu um caderno de encargos: sustentabilidade, preservação de uma liderança democrática, desenvolvimentos do setor privado e infraestruturas, e serviços.
Cerca de 576 milhões de euros serão utilizados para o que a Comissão Europeia descreve como a "estabilização" da Faixa de Gaza (cenário de uma guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas desde outubro de 2023) e da Cisjordânia, "assim que a situação o permita", informou ainda o executivo comunitário.
O apoio do bloco europeu, destinado à recuperação de serviços básicos como a água, energia e infraestruturas, quer canalizar igualmente 82 milhões de euros por ano à agência da ONU de assistência aos refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) "tanto nos territórios ocupados, como na região mais abrangente".
Já a entrada do setor privado vai ser feita através de empréstimos de 400 milhões de euros disponibilizados pelo Banco Europeu de Investimento.
Em simultâneo, a Comissão Europeia anunciou que vai criar uma "plataforma de doadores", indicando ainda que a proposta hoje conhecida visa apoiar uma solução "de paz duradoura e sustentável baseada na solução dos dois Estados", um Palestiniano e um Israelita.
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