ONU pede ajuda perante 60 mil deslocados e toneladas de escombros

Mais de 60 mil pessoas estão em locais de acolhimento temporário após o forte sismo em Myanmar que matou cerca de 3.600 pessoas, faltando ainda remover milhões de toneladas de escombros, avisou esta segunda-feira a ONU.

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© Lauren DeCicca/Getty Images

Lusa
14/04/2025 17:07 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Myanmar

"Pelo menos dois milhões e meio de toneladas de entulho, ou seja, cerca de 125 mil camiões, precisam de ser removidos", de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgados hoje em comunicado.

 

"Mais de 60 mil pessoas estão em locais de acolhimento temporário" e têm "muito medo de regressar a casa", disse o representante do PNUD em Myanmar (antiga Birmânia), Titon Mitra.

Os dados avançados pelo PNUD têm como base imagens de satélite do UNosat, do Centro de Satélites da ONU e da rede europeia Copernicus, bem como dados da Microsoft e do projeto europeu Global Human Settlement Layer sobre edifícios.

O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter de dia 28 de março matou mais de 3.600 pessoas em Myanmar e causou grandes danos materiais, de acordo com um relatório divulgado pela junta militar que controla o país na semana passada.

Muitos dos edifícios expostos ao terramoto não foram concebidos para suportar uma atividade sísmica tão poderosa, explicou o PNUD.

No entanto, as Nações Unidas consideram que as imagens de satélite podem não revelar todo o cenário de desastre, embora já seja muito preocupante.

"É crucial que verifiquemos rapidamente as imagens no solo", defendeu Titon Mitra.

"Precisamos de colocar os doentes e os deslocados de volta em locais com tetos sólidos e começar a reparar as infraestruturas críticas", acrescentou, referindo que "os doentes estão agora a ser alojados em parques de estacionamento, expostos a calor de 40 graus e a chuvas fortes".

O responsável alertou ainda para os riscos do mau funcionamento das infraestruturas, avisando que o abastecimento de água não está a funcionar e que os transportes também foram afetados.

Os dados permitem ao PNUD identificar áreas prioritárias para o envio de engenheiros para conduzir uma avaliação rápida das necessidades de edifícios e infraestruturas críticas.

"É uma ferramenta visual poderosa que combina imagens de satélite com dados locais para fornecer uma imagem clara e em tempo real do impacto do desastre", argumentou o diretor de Preparação para Crises, Resposta e Recuperação do PNUD, Devanand Ramiah, também citado no comunicado.

"Ao cruzar as estimativas populacionais, os dados de construção e a análise de danos, os socorristas podem identificar rapidamente as áreas mais afetadas e dar prioridade aos seus esforços", acrescentou.

O PNUD apela a que seja "urgentemente reforçada uma resposta internacional" para apoiar a reconstrução.

Reconhecendo a complexidade de operar num país que enfrenta várias crises ao mesmo tempo, a agência da ONU considerou "essencial que estes esforços se estendam às zonas urbanas e rurais afetadas".

Leia Também: Terramoto de magnitude 5,5 sacode Myanmar após sismo devastador de março

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